A Aventura da "Prova dos Nove"

"Prémios e normas para o Jurado

Conforme está descrito nos apartados do Regulamento reservados ao Jurado e prémios a atribuir neste certame, os critérios que devem presidir à avaliação do Jurado seguem nesta secção. Cada Jurado disporá de uma folha de Avaliação, por Tuna, com os diferentes critérios e níveis de importância para cada prémio, sendo que cada folha será devidamente rubricada por todos os elementos do Jurado.


Essa avaliação, prémio a prémio, não será matemática, deixando-se ao critério de cada Jurado o método de avaliação que entender, sendo que no final, aquando da actuação da tuna convidada de honra, decorrerá o encontro das várias votações, numa perspectiva salutar que eleja as escolhas maioritárias. Os diferentes prémios a concurso não terão peso algum relativo, ou seja, valem todos por igual, sendo que os desempenhos relativos a Solista, Pandeireta e Estandarte, bem como Tuna Mais Tuna, poderão ser factores de ponderação na atribuição do Prémio à Melhor Tuna e 2ª Melhor Tuna. Assim sendo:


Prémio à Melhor Tuna, 2ª Melhor Tuna:


Repertório apresentado: Será valorizado o ecletismo das escolhas, ou seja, diversidade de estilos musicais numa actuação completa.

Execução musical: Qualidade musical na interpretação dos temas, tanto a nível de vozes como de instrumentação e sua correcta utilização.

Indumentária: Correcta uniformidade quer da Tuna, quer a nível individual. Respeito pelo Traje envergado, no cumprimento da Tradição Tunante.

Entrada e Saída de palco: Originalidade e qualidade da entrada em palco, bem como da saída do mesmo, respeitando o tempo concedido pelo Regulamento.

Originalidade: Palavra que deve percorrer toda a actuação e em qualquer dos prémios em disputa, respeitando a Tradição Tunante.

Postura em Palco: Correcta distribuição da Tuna em palco, bem como cuidado visual e características inatas de uma Tuna Universitária em função dos temas apresentados. Apresentação dos temas a interpretar, com qualidade.

Empatia com o público: Alegria e simpatia durante toda a actuação e respectivo feed-back do público.

Solista: Utilizam-se os critérios referidos no apartado “ Melhor Solista”.

Estandarte: Utilizam-se os critérios referidos no apartado “Melhor Estandarte”.

Pandeiretas: Utilizam-se os critérios referidos no apartado “Melhor Pandeireta”

Postura da Tuna ao longo de todo o certame : Será o Jurado devidamente informado da postura assumida pelas várias Tunas a concurso, ao longo de todo o Programa de Actos do certame e de acordo com o Regulamento do mesmo, factor de ponderação que pode ser utilizado para valorizar esta ou aquela Tuna.


Prémios Individuais



Prémio de Melhor Pandeireta: Para avaliar este apartado, o Jurado considerará tanto a actuação individual como a de um grupo de Pandeiretas, baseando-se nos seguintes critérios:
Variedade de tipo de movimentos assim como coreografia (s) com outras pandeiretas e/ou Estandarte; Dificuldade de passos e sua espectacularidade simultaneamente; Agilidade, ritmo e alegria; Elegância e porte nos passos executados; Originalidade tanto a nível individual como colectivo; perfeita coordenação rítmica com os temas apresentados. Referir ainda que a descoordenação rítmica motivada por queda das pandeiretas ou outros motivos influí negativamente na apreciação deste apartado.

Prémio de Melhor Estandarte: O Jurado considerará apenas um único Estandarte apresentado, o da Tuna, bem como o estrito respeito pelo mesmo enquanto símbolo da Tuna (não o arrastando pelo palco de forma ostensiva, p.ex.), baseando-se nos seguintes critérios:
Variedade de movimentos; dificuldade, dinamismo e alegria; Classe e porte; perfeita coordenação rítmica com os temas apresentados e sentido de oportunidade; Coreografia(s) com pandeireta(s).

Prémio de Melhor Solista : Este prémio é estritamente de caracter individual, e embora seja atribuído á Tuna de uma forma geral, é valorizado como a interpretação vocal de um (ou mais) dos seus Tunos, sendo que será sempre por conta e risco de cada Tuna a apresentação de mais que um solista, independentemente da actuação que cada um possa ter, baseando-se nos seguintes critérios:
Voz, seu timbre e colocação(técnica) ; afinação e respiração correcta; dificuldade do(s) tema(s) interpretado(s); Empatia com o público e feed-back do mesmo ; Correcta coordenação com o tema interpretado pela Tuna ; Postura e porte em palco.

Quanto ao prémio de Tuna Mais Tuna, o mais importante por Tradição, este é atribuído exclusivamente pela Tuna organizadora, de acordo com a observação de todos os momentos constantes no Programa de Actos do certame, bem como, obviamente, pela actuação em palco das mesmas.


(...)

O prémio de Melhor Serenata será atribuído de acordo com os critérios referidos para a melhor Tuna no que se refere a dois temas de serenata a interpretar no momento que a organização determinar para o efeito.

Para o prémio de Melhor Passacalles são tidos em conta os seguintes critérios: Alegria da Tuna e do repertório escolhido durante o desfile; Criatividade, originalidade, coordenação e variedade dos movimentos executados; Empatia com o público que assiste ao desfile. "


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Citei.

Comentários

J.Pierre Silva disse…
E, como em tudo, esperar que quem ajuíza tenha propriedade e coerência para os aplicar ipsis verbis.
De nada vale um modelo perfeito se quem o vai aplicar não o faz com eficácia.
A questão nem sequer será aplicar com eficácia ou não; a questão nuclear será aplicar de facto os critérios ou então fazer tábua raza dos mesmos e aplicar-se por exemplo, o "gosto pessoal" como forma de "avaliação" (e cujo resultado final é SEMPRE deturpado), substituindo assim um sistema que pretende ser objectivo por uma subjectividade igual ou maior que uma roleta russa.

A questão nuclear é só uma: Quando há critérios de avaliação devem os mesmos ser aplicados, ponto período (e já bem bastam os eventos que nem sequer os têm para aplicar - por conveniência ou ignorância). Se não forem aplicados com rigor então os critérios em causa não servem para rigorosamente nada, porque estarem patentes ou não é a mesmíssima coisa. Sejamos coerentes - todos -e acima de tudo pratique-se a moral que se prega.

A montante de tudo isto estão sempre causas que pessoalmente considero sinistras. Por vezes parece que o que se fez - e muito bem - ontem hoje já é visto como algo negativo, uma espécie de "bestial a besta". Ou vice-versa, deixando no ar que se trata de um claro "emendar de mão" face ao passado que não se entende sequer. Estranhíssimo. Ou talvez não. Uma constatação a frio a jusante poderá explicar muita coisa sem grande dificuldade porque há de facto gente muito atenta e alertada. O resultado final deste tipo de situações é regra geral, um: Descrédito - e suas naturais consequências, obviamente, porque estas situações têm um custo a prazo.

De facto, assim, não se vai a lado algum nem sequer valerá muito a pena falar-se sobre critérios ou regulamentos, pois se muitos não os têm sequer, se outros não os querem ter tão pouco, outros há que os têm; O que é absolutamente condenável é os que têm critérios de avaliação serem os primeiros a não aplicarem os mesmos. E isso é muito mais condenável do que aqueles que não os têm porque ao menos estes são coerentes e deles sabemos o que esperar.


Abraços!