A Aventura da “Tunolândia”

Em pleno Verão, deparei-me com mais um “brainstorming” típico da Silly Season, devo dizer, ou seja, uma ligeira e sempre irreverente reflexão sobre esta questão: Sendo as Tunas uma cultura única, com rituais próprios, cultura própria, etc, não é de reflectir, nesta altura do ano, do porquê da falta de um …território tunante universal, já que dispomos de simbologia, hino(s), rituais, posturas, etc?

Não faz sentido, tendo o Jet Set nacional (mais Jet seis e Meio ou mesmo seis..) nesta época do ano os seus refúgios de Verão, os seus territórios de eleição, por exemplo, não vos parece que nós, Tunos, já merecíamos ter a nossa “Tunolândia”, tal como os putos têm a “Bracalância”, os nossos políticos a Praia dos Tomates e o Jet seis e meio a Quinta do Lago? Não vos parece que já há muito deveríamos almejar, pelo menos no Verão – que fosse! - um lugar só “nosso”, um território Tunante onde nos pudéssemos reunir todos ou quase todos, numa perspectiva saudável e “corporativista”, para passarmos o Verão de forma mais coerente com o resto do ano mas sem deixar de lado os “prazeres estivais”?

Imaginem o seguinte cenário: Resultado de uma anexação feita pelas Tunas de forma unilateral e à margem de qualquer deliberação do Conselho de Segurança da O.N.U., de um resort no Algarve ou uma ilha no Pacífico, as Tunas tomavam em mãos o mesmo, anexando este “território” e colocando um “exército” de cerca de 2.000 caloiros em armas – vulgo, instrumentos – a “controlar” as “fronteiras” da Tunolândia (República Académica da Tunolândia para efeitos de reconhecimento Internacional pelos outros Estados Nação), território esse com bandeira hasteada logo à entrada e “check point” de controle de passaportes (vulgo, qualquer forma de comprovar que se é Tuno).

O sistema “político” vigente seria o da Democracia Representiva Praxísta Tunante, uma nova abordagem a este sistema quase universal, onde cada Tuna seria “Dona e Senhora” de duas ou três vivendas dentro do resort, agora R.A.da Tunolândia, cujas “regras” sociais seriam:Não há horário de silêncio, é proibido levar sebentas ou derivados ou algo em papel que não partituras, arcas refrigeradoras a cada 1.000 metros devidamente recheadas com refrescos de cevada, carrinhos de Golf à descrição sendo que a única regra será ao estacionar deixar as chaves na ignição, espectáculos todas as noites e de todas as formas e feitios, entrega ao domicilio de embalagens de Guronsan juntamente com a mudança da roupa de cama, um exército de caloiros/caloiras com provas dadas de dedicação para assim custearem a sua estadia neste “paraíso tunal” , as “visitas não tunantes” teriam um visto de permanência não superior a 24 horas e várias disco nigth´s, bares e afins abertas entre as 2 da matina e o meio dia do dia seguinte, entre outras comodidades do género? Que vos parece? Não é exagerado, pois não?

Numa época onde se defendem minorias apátridas, culturas sem terra e chão, não é despiciente pensar nisto, já que nem sequer se pede mais que os meses de Verão para levar a cabo tal projecto. Se no resto do ano parecemos ciganos – com todo o respeito por estes - de terra em terra, era mais que justo que nestes 3 mesitos tivéssemos a nossa “terra prometida”, já que não sendo de todo descabida pelo menos pode-se imaginar o que seria tal “implantação da R.A.da Tunolândia”.Pronto, fica o devaneio mental de Verão. É aproveitar agora enquanto não incide o IVA nas (boas) ideias….

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